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Adalberto Júnior, otimista, diz que UNITA “cresceu muito” em todo o país

Post by: 28 Novembro, 2025
Adalberto Júnior, otimista, diz que UNITA “cresceu muito” em todo o país

O presidente cessante da UNITA (oposição em Angola), Adalberto Costa Júnior, recandidato à liderança, afirmou hoje estar otimista e com "vontade de concluir a missão", destacando que o partido cresceu significativamente em todo o país.

Em declarações à Lusa, à margem do XIV Congresso Ordinário da UNITA, que hoje teve início, fez um balanço positivo da campanha, reconhecendo que foi "exigente", devido à necessidade de percorrer várias provincias num curto período.

"Mas foi indiscutivelmente uma campanha democrática, que me permitiu constatar o bem-estar da UNITA enquanto partido", afirmou.

O dirigente disse ter encontrado "um partido vivo, com vibração, energia, muita juventude e muitas mulheres", considerando que "a UNITA cresceu muito".

Naquela que foi a sua quarta campanha nacional interna, Adalberto Costa Júnior disse ter encontrado o partido "com mais pujança", o que, afirmou, "é bom, mas acarreta responsabilidades".

O XIV Congresso Ordinário, que decorre até domingo, no complexo Sovsmo, em Luanda, junta mais de 1.200 delegados que vão escolher um novo presidente, lugar disputado por Adalberto Costa Júnior e Rafael Massanga Savimbi, filho do fundador da UNITA, Jonas Savimbi.

Questionado sobre a suspensão de dois militantes, Adalberto Costa Júnior afirmou que o Conselho Nacional de Jurisdição "funciona para este efeito" e que o partido tem estatutos e regulamentos para garantir unidade e coesão.

"Estes atos estiveram para além da postura ética, do respeito e do equilíbrio, e o Conselho encontrou matéria para atuar. Vamos esperar que olhem para isto como uma oportunidade de melhorar e retomar a vida normal do partido", disse.

As suspensões, que envolveram militantes assumidamente apoiantes de Rafael Massanga Savimbi, geraram debate nas redes sociais, mas a UNITA reiterou que os processos decorrem no Conselho Nacional de Jurisdição.

Questionando sobre se se sente o favorito, o dirigente respondeu que decidiu recandidatar-se sobretudo para "concluir a missão", depois de ter conduzido a UNITA ao seu melhor resultado de sempre em 2022, e 21 meses antes de um novo pleito.

"Tendo dirigido o partido com resultados eleitorais que foram os melhores que a UNITA já teve, acho normal que o partido possa ter alguma retribuição. Mas só no fim saberemos os resultados. Estamos a ir para uma eleição plural com duas candidaturas. Só no fim do processo se saberá quem ganhou", afirmou.

O congresso, subordinado ao lema "Unidos pela Alternância, Estabilidade e Desenvolvimento", inclui debates sobre propostas de alteração estatutária e reforço da democracia interna, terminando no domingo com a eleição do novo presidente.

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