A insegurança alimentar em Moçambique deve piorar devido ao conflito na província de Cabo Delgado e eventos climáticos extremos induzidos pelo fenómeno La Niña, que agravam perdas agrícolas, segundo um relatório hoje divulgado por agências da ONU.
A seca e os preços altos estão a agravar a fome no sul e no leste de Angola, onde muitas famílias enfrentam um grau elevado de subnutrição, situação que deve prolongar-se até janeiro de 2025, segundo indicadores de um relatório.
Mais de meia centena de crianças morreram, este ano, devido a malnutrição, de um total de 29.730 crianças desnutridas notificadas, no município do Cubal, província angolana de Benguela, informou hoje o serviço de saúde local.
Um relatório do Governo angolano sobre a situação da insegurança alimentar e nutricional aguda em três províncias do sul concluiu que 1,32 milhões de pessoas estão bastante afetadas, e até março de 2022 pode chegar aos 1,58 milhões.
A Plataforma Sul, integrada por seis organizações da sociedade civil, prometeu hoje responsabilizar o Presidente angolano “por toda a morte causada pela fome” no país e “por toda a criança com malnutrição severa e crónica”.
A Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) criticou hoje o Presidente angolano por “relativizar a fome”, considerando que João Lourenço revelou “grande insensibilidade e desrespeito às vítimas da fome”.
Um recorde de 45 milhões de pessoas estão à beira da fome, numa lista de países que inclui o Afeganistão ou Angola, onde a insegurança alimentar está a aumentar, alertou hoje o Programa Mundial de Alimentos e as Nações Unidas.
Cerca de 40% de crianças desistiram da escola, na província angolana do Cunene, devido à seca e a fome que assolam a região, que leva a “dispersão populacional que busca pela subsistência”, anunciou hoje fonte oficial.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) vai entregar equipamentos tecnológicos ao Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Inapem) angolano visando "reforçar o agro empreendedorismo" a nível do país, foi hoje anunciado.
Cerca de 562 mil angolanos enfrentaram em 2020 situações de crise ou emergência alimentar, indica um relatório publicado hoje, com previsões de “riscos significativos” para a população e considerando as condições climáticas extremas como principais causas.