A vítima de 43 nos de idade, professor de profissão apresentava escoriações nos tornozelos, com sinais de asfixia e com uma pá sobre a caixa torácica, presumivelmente usada pelos agressores.
A conselheira da Liga da Mulher Angolana (LIMA), na região, Maria da Conceição Manuel, disse não existir qualquer razão para o assassinato de um cidadão exemplar.
“Eu ao vir da igreja encontro as pessoas a correrem por que aí o professor Eduardo morreu, onde fui atrás e encontrei o corpo estendido ao lado da pista”, afirmou, justificando “não tinha briga com ninguém, não discutiu com ninguém (…) só encontramos o corpo e não tem nenhuma coisa”.
O segundo secretário municipal do “Galo Negro”, Ângelo Ernesto Tchicomba, afirmou que a morte do seu responsável superior hierárquico é uma perda irreparável meses após as quartas eleições gerais no país.
“Agora fiquei a sós, não tenho como fazer, como aguentarmos a caravana”, disse, exemplificando “é um dirigente que nunca ficou cansado, e isso aconteceu na minha ausência, eu sai anteontem cheguei aqui às 11:30 horas encontro esta catástrofe mais um luto no seio do partido, menos um quadro e fiquei a chorar lágrimas secas”.
O laudo médico apontou o estrangulamento como provável causa da morte, de acordo com o responsável do corpo médico na municipalidade, Afonso Agostinho Lumba.
“Segundo o relatório médico foram encontradas algumas lesões, por que a vítima apresentou resistência enquanto estava a ser estrangulado”, precisou.
As motivações que levaram ao assassinato do secretário municipal da Unita em Kambundi-Katembo são desconhecidas, aguardando-se a qualquer momento pronunciamentos da Polícia Nacional e do Serviço de Investigação locais. (VOA)