O financiamento chinês à Sonangol não preocupa a filha do ex-presidente José Eduardo dos Santos que sublinha um dos principais problemas da economia angolana. “Um dos grandes desafios é, claro, o acesso a divisas estrangeiras, porque ainda estamos muito dependentes do petróleo porque é a nossa principal exportaçâo. Ser investidora num certo tipo de atividade de exportação não seria um risco, mas se estiver a gerir servicos locais e estiver dependente de divisas estrangeiras, então aí haverá um risco potencial”, explica.
Sobre o jogo do poder e o facto de o pai já não ser chefe de Estado, e a promessa do novo presidente João Lourenço corrigir alguns vícios da sociedade angolana, Isabel dos santos está tranquila e apoia a visão do novo líder angolano.
“Novamente, gostaria de referir que a minha família não tem necessariamente um papel. Quero dizer, eu não me reconheço como alguém que tem um papel a desempenhar no seio da família. Mas voltando à questão da responsabilidade, eu acho que é responsabilidade dos que estão na liderança, daqueles que têm a possibilidade de mudar as coisas, de enfrentar os desafios, de resolver problemas como o da corrupção e educar as pessoas. Por isso, sim, penso que o novo presidente teve uma abordagem muito boa, que é enfrentar os desafios, dizer o que podemos fazer sobre isso, quais são as coisas que devemos abordar”, salientou.
Isabel dos santos diz ter em mãos um grande desafio na Sonangol. Referiu que quando assumiu a gestão da pretrolífera, a Sonangol vivia das dívidas e que já conseguiu eliminar 3 mil milhões de dólares de dívida de um total estimado de 13 mil milhões. (Euronews)