Numa declaração distribuída à imprensa, o grupo refere que a greve é um direito consagrado na Constituição angolana e constitui um instrumento de luta para que as "exigências legítimas" dos professores angolanos sejam cumpridas para seu benefício e do sistema nacional de educação.
Os subscritores da declaração de solidariedade, um dos quais o luso-angolano Luaty Beirão, encorajam todos os professores grevistas, "para que mantenham a coragem, audácia e a firmeza necessárias para o alcance das metas e objetivos que presidem à greve".
"Estamos informados das ameaças coações e diabolizações de que muitos professores têm sido vítimas, por exercerem o direito de exigir melhores condições salariais, de progressão de carreira e laborais. Mas a crença na mudança deve ser mais forte que o medo", lê-se no documento.
A greve de professores angolanos do ensino geral entrou hoje no seu quarto dia, nesta que é a segunda fase de paralisação das aulas, depois de já o terem feito nos dias 05, 06, e 07 de abril, reivindicando dentre outras questões melhores condições de trabalho e reajuste do seu salário.
O Sindicato Nacional de Professores diz aguardar desde 2013 por respostas do Ministério da Educação e das direções provinciais de Educação ao caderno reivindicativo, nomeadamente sobre o aumento do salário, a promoção de categoria e a redução da carga horária, mas "nem sequer 10% das reclamações foram atendidas".
Lusa