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Urgência do Hospital Esperança em Luanda atende 30 seropositivos por dia

30 Novembro, 2017

O Hospital Esperança, em Luanda, especializado no tratamento a pessoas com VIH/Sida, atende por dia, nos serviços de urgência, cerca de 30 pacientes, sendo que dos 5.000 testes que realizou este ano, 1.900 resultaram positivos.

Os números foram avançados hoje à agência Lusa pela diretora-geral daquela unidade hospitalar estatal, que já registou, desde 2004, um total de 28.000 pacientes.

Contudo, explicou Ana Lídia Sangongo, a municipalização em curso nos serviços de atendimento a doentes com VIH/Sida reduziu a procura.

"Na urgência, atendíamos 60 pacientes e hoje apenas atendemos cerca de 30, já na agenda de rotina os números tendem a aumentar, com uma média de 20 pacientes por médico, quando somos cerca de 10 médicos", explicou a médica, que falava a propósito do dia mundial de luta contra a Sida, que se assinala a 01 de dezembro.

Aquela unidade é hoje um centro de referência na capital angolana no tratamento, teste, atendimento e aconselhamento sobre o VIH/Sida, tendo alterado a sua estrutura orgânica em consequência da extensão deste tipo de serviços para outras unidades de Luanda.

Dos mais de 5.000 testes realizados este ano, acrescentou, 1.900 foram positivos, sendo que desse número apenas 1.000 têm assistência naquele hospital.

Os restantes foram distribuídos pelas zonas de residência, no âmbito da descentralização de serviços, processo que, garante Ana Lídia Sangongo, permitiu ao Hospital Esperança priorizar os testes a mulheres grávidas.

Concluiu ainda por um número "assustador" de situações de violência sexual, recebendo 15 casos por dia, que necessitam de medicação de profilaxia em 72 horas.

"O que mais nos tem causado constrangimentos são os casos de violência sexual, temos tido alguma colaboração com a polícia, que quase diariamente nos encaminha casos de exposição sexual, em que temos que fazer uma profilaxia de VIH", observou.

Entre 2004 e 2017, o Hospital Esperança cadastrou 28.000 pacientes com VIH/Sida, mas desse total, apenas 10.000 estão hoje ativos, com a diretora a considerar "preocupante" a elevada taxa de abandono das consultas e apoio prestado.

Last modified on Quinta, 30 Novembro 2017 18:38
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