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Agentes da PIR acusados de espancamento até à morte

Post by: 28 Dezembro, 2017

Dois agentes de 2ª classe, afectos à Unidade de Polícia de Intervenção Rápida (UPIR), da cidade do Lubango, estão detidos desde Terça- feira, 26, por terem presumivelmente morto à pancada uma cidadã de 32 anos de idade, na localidade do Luyovo, arredores da cidade do Lubango.

De acordo com a denúncia, José Domingos Shalina e Angelino Chivela, de 40 e 41 anos respectivamente, terão cometido este crime na madrugada desta Terça-feira, durante um convívio com a vítima.

Os familiares da vítima declararam a OPAÍS que as agressões foram presenciadas por um dos filhos de Cristina Malesso, de 8 anos de idade, que clamou por ajuda aos gritos. Manuel Francisco Tchicambi, tio da vítima, explicou que foi alertado por uma sobrinha, prima da malograda, após esta ter notado a presença dos agentes à 1 hora da madrugada. “A minha sobrinha veio bater a minha porta, era uma hora da noite, para nos informar que estavam dois polícias a fazer confusão em casa da Mana”, frisou. Face ao adiantado da hora, Manuel Tchicambi decidiu esperar amanhecer para ir ver o que se estava a passar de concreto.

Assim que foi para lá, encontrou-a ferida, carregou-a às costas até à casa a fim de procurar um transporte que pudesse levá-la ao hospital, mas ela não aguentou e morreu. Segundo um dos irmãos da vítima, tudo terá sido motivado pelo desaparecimento de uma carteira de bolso de um dos agentes durante o convívio no interior de uma residência, onde se encontravam os efectivos da Polícia Nacional, a vítima e outros convivas na noite de Natal. Depois de terem suspeitado da mulher de 32 anos de idade, os agentes acusados partiram para a residência da mesma onde a terão arrancado à pancada, em frente de três dos seus seis filhos.

André José, irmão mais novo, descarta a possibilidade de existir uma relação mais íntima entre a sua irmã e um dos acusados, sublinhando que tudo não passava de uma “amizade de bar”. “Eram apenas amigos ocasionais porque estavam apenas a se pagar bebidas. Então, quando saíram do convívio, o Polícia pensou que quem levou a sua pasta era a minha irmã, quando na verdade havia caído e mais tarde veio a aparecer”, frisou. Acrescentou de seguida que “a carteira foi encontrada intacta, mas eles já tinham matado a minha irmã. De tanta surra, a cabeça dela inflamou”. Entre lágrimas e choros, os familiares que dizem encontrar-se de mãos atadas por não terem condições materiais para a realização de um funeral, pedem aos órgãos competentes que os dois implicados sejam responsabilizados de acordo o ordenamento jurídico angolano.  O PAÍS/EG

Last modified on Quinta, 28 Dezembro 2017 16:51
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