Osvaldo Manuel Pacavira Narciso, enteado de Marta dos Santos, irmã de José Eduardo dos Santos (Presidente angolano entre 1979 e 2017), foi raptado em Luanda, em 21 de janeiro, quando seguia na sua viatura.
O corpo, vítima de um traumatismo, foi encontrado três dias depois, nos arredores da capital.
"Rapto e morte belisca sentimento de segurança coletiva", lê-se no título de numa nota publicada entretanto pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder em Angola desde 1975 e presidido por José Eduardo dos Santos.
O funeral do jovem realizou-se hoje, em Luanda, tendo o Ministério do Interior vindo a público transmitir a "garantia para a família e para a sociedade de que tudo está a ser feito para o esclarecimento do crime", o qual estará relacionado, segundo informações preliminares da investigação, com uma tentativa de roubo de uma viatura.
Embora sem se referir diretamente a este caso, o último de uma recente onda de raptos seguidos de homicídio em Luanda, o comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Alfredo Mingas "Panda", orientou os órgãos policiais a adotarem medidas mais eficazes à prevenção e combate aos crimes violentos.
"A missão da polícia não é apenas combater o crime, é também, e acima de tudo, combater o medo do crime, garantindo tranquilidade aos cidadãos", disse, na sexta-feira, o comandante-geral.
Apesar de a estatística revelar uma ligeira diminuição dos crimes violentos, o comandante da polícia chamou à atenção para a necessidade de não se olhar apenas para os números e que seja prestada atenção às preocupações dos cidadãos.