Segundo o secretário-geral do Sindicato de funcionários da PGR, Elias Pinto, esta decisão saída do encontro de Luanda está, no entanto, a depender de uma deliberação dos colegas das províncias, que são a maioria.
"Votamos no sentido que vamos continuar a próxima semana e até dia 12 vamos suspender a greve, mas essa decisão pode ser contrariada, porque as províncias são a maioria", disse Elias Pinto em declarações à Lusa.
Em causa está uma greve declarada pelo sindicato dos funcionários da Procuradoria-Geral da República angolana, que arrancou no dia 29 de janeiro, para reivindicar a não aprovação dos diplomas legais sobre remunerações e reconversões e promoções, que a entidade patronal já considerou "inoportuna".
O procurador-geral adjunto da República de Angola, Mota Liz, disse sexta-feira, que "está no bom caminho" as negociações com o executivo para se ultrapassar as preocupações apresentadas pelos funcionários daquele órgão de justiça.
"O pacote legislativo para adequar a situação dos funcionários está praticamente a terminar, a próxima semana temos mais algumas reuniões com os departamentos correspondentes do executivo e também, daquele lado, encontramos alguma sensibilidade para ajustar aquilo que é de justiça fazer com os funcionários", disse Mota Liz.
Segundo o Procurador-Geral adjunto da República, continuam os trabalhos "no plano técnico e de aproximação com o executivo, no que se refere à preparação dos diplomas legais, para submissão e apreciação do Conselho de Ministros.
"Estamos no bom caminho e acredito que para esta situação concreta dos funcionários há promessas sérias de que o executivo vai dar os 'inputs' necessários para ultrapassar essa situação", frisou.