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Três a cinco crianças morrem por dia no Hospital Pediátrico David Benardino em Luanda

06 Abril, 2018

Quatrocentas e cinquenta crianças com patologias diversas são atendidas em média diariamente no banco de urgências do Hospital Pediátrico David Benardino, em Luanda, das quais morrem entre três a cinco menores a nível dessa instituição, informou hoje, sexta-feira, o seu director geral, Francisco Domingos.

Esta  informação  foi prestada no decorrer da visita de deputados da oitava Comissão  da Assembleia Nacional à aludida instituição sanitária, tendo realçado que desse número são internadas entre 50 a 60 pacientes. No ano transacto, disse, foram  atendidos  pelo menos 109 mil doentes com diversas patologias com um registo de 21 mil internamentos e 613 óbitos.

De acordo com o responsável, estes dados reflectem que o resto das crianças deveriam ser atendidas nos cuidados primários de saúde,  a nível dos centros de saúde e hospitais  municipais e somente serem encaminhados para esta  unidade hospitalar os casos mais graves.

Quanto a taxa de mortalidade diária, que varia entre três a  cinco  crianças, destacou que a malária lidera o índice de casos, seguido da  malnutrição,  doenças  respiratórias agudas,  menegite e tuberculose.

Manifestou-se  preocupado com os casos de raiva  que  vitimaram no ano passado 27 crianças e  já  foram registados este ano duas mortes, chamando a atenção  para  o seu perigo  considerado 100 porcento letal.

Considerou preocupante a actual situação  do Hospital Pediátrico,  devido o aumento  de  pacientes com malária e doenças respiratórias agudas, aliado aos escassos recursos financeiros e humanos e a falta de medicamentos e material gastável.

 Salientou que as crianças que falecem, na sua maioria mais de 50 porcento morrem nas primeiras  48 horas após a entrada no hospital,  derivado a chegada tárdia a esta  unidade.

O  Hospital Pediátrico David Benardino conta com 88 médicos e  334 enfermeiros,  correspondendo a dois terço das necessidades em recursos humanos. Tem capacidade de internamento de  420 camas, estando neste momento superlotado devido ao elevado número de casos.    

 Entretanto, a  vice-presidente da oitava Comissão da Assembleia Nacional,  Ruth Mendes,  enalteceu os esforços levados a cabo pelo pessoal médico para que toda  criança que se dirija ao hospital não saia sem ser atendida, apesar das  limitações  com que se deparam como a falta de alguns meios e medicamentos.

De acordo com a deputada, os trabalhadores do mesmo hospital a todos os níveis são heróis pelo trabalho que  conseguem realizar, tendo em conta o número de pacientes que ocorrem a esta  unidade.

 Disse que  vão ter em conta as dificuldades financeiras que  a unidade enfrenta e  vão fazer todos os possíveis que a sua dotação  financeira seja  aumentada no  orçamento geral de 2019.

A oitava Comissão da  Assembleia Nacional cuida das questões da família, infância  e acção  social .

Last modified on Sexta, 06 Abril 2018 14:20
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