O julgamento sumário teve hoje início, no Tribunal de Polícia de Luanda, e durante pouco menos de três horas foram ouvidos os interessados no caso, tendo os declarantes descrito o incidente, que resultou na destruição de um dos comandos multifuncionais da televisão individual de bordo, e em ofensas morais contra os assistentes de cabine.
Perante o juiz de direito, o réu assumiu os actos e justificou terem sido motivados por um eventual mau atendimento dos funcionários da TAAG e na recusa em servir-lhe água, pela quinta vez, durante a viagem de cerca de oito horas.
“Reconheço ter encontrado o comando intacto e tê-lo utilizado. E quando exaltado, tentei segurá-lo novamente, mas terei imprimido força a mais ao puxar, e o cabo do mesmo rebentou”, explicou o réu, que continua detido, em virtude da audiência ter sido suspensa.
Para encerrar a sessão, o juiz justificou a suspensão desta tarde, entre outras razões, com o facto de se tratar de um processo complexo que deve ser analisado com cautela. O equipado destruído está avaliado em três mil dólares americanos.
O jovem foi detido pelos Serviços de Investigação Criminal (SIC), ao desembarcar, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, depois de informados, pela tripulação, e foi constituído arguido, sob a acusação de danos matérias e ofensas morais.
É a primeira vez que a companhia angolana de bandeira leva a tribunal um passageiro, depois de um incidente a bordo.