A informação foi transmitida à agência Lusa pela diretora geral do Instituto Nacional do Património Cultural de Angola, Cecília Gourgel, quando falava no âmbito do Dia Mundial dos Monumentos e Sítios Históricos, que hoje se assinala.
"O Instituto entendeu inscrever na lista indicativa de Angola estes três bens patrimoniais do país para candidatos a Património Mundial, por terem valências aceites mundialmente e por serem espaços de fortes ligações com o percurso histórico do país e do continente africano", disse.
A UNESCO já aceitou, entretanto, os processos de inscrição, indicativos, das pinturas rupestres do Namibe, de Tchitundu-Hulu, do corredor do Kwanza, que está ligado ao roteiro da escravatura, e a cidade do Cuito Cuanavale, símbolo "referência da paz, do diálogo e da reconciliação nacional" em Angola e na África Austral, divulgou anteriormente o Ministério da Cultura.
De acordo com a diretora-geral do Instituto Nacional do Património Cultural de Angola, o país conta atualmente com 265 monumentos e sítios classificados, os quais registaram "avanços significativos" em termos de conservação.
"Em termos de conservação destes sítios nós estamos bem, já tivemos tempos piores em que ocorreram muitas demolições e alterações ao património traçado, mas agora estamos bem, já não temos muitas lamentações graças às intervenções dos nossos parceiros para o efeito", explicou.
Questionada sobre a possibilidade de uma maior rentabilização dos monumentos e sítios do país, Cecília Gourgel sublinhou que decorre junto do Ministério das Finanças um trabalho a esse propósito.
"Porque estamos em momento de crise e se andarmos a cobrar a tudo e todos podemos levantar ainda outras questões. Então estamos a ponderar nas visitas aos patrimónios edificados cobrar uma taxa com bastante ponderação", concluiu.
A cidade de Mbanza Congo, província angolana do Zaire, é desde julho de 2017 Património Mundial da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a primeira classificação do género em Angola.