Em comunicado enviado hoje à agência Lusa por aquele ministério é referido que o secretário de Estado para Área Hospitalar, Altino Matias, manteve na segunda-feira um encontro com os membros da direção daquele hospital e os funcionários abrangidos pelo fim do contrato de 10 anos com a referida empresa privada, que assegurava o funcionamento da unidade, de cirurgias cardíacas complexas.
"À luz do concurso público a decorrer em breve, para o ingresso de novos profissionais, o Ministério da Saúde irá proceder a admissão imediata e prioritária aos mesmos", lê-se no documento.
A nota sublinha igualmente que é a direção da empresa Intercontinental Trading que tem feito os despedimentos dos funcionários que ali trabalhavam e não a direção do Hospital Josina Machel.
"Pelo que, dissipa-se, desde já, quaisquer informações de despedimentos ou de abandono da força de trabalho em causa", acrescenta o comunicado.
Ao fim de 10 anos, o Ministério da Saúde explicou anteriormente que decidiu não renovar o contrato com aquela empresa, pelo qual pagava um milhão de dólares por mês, reassumindo a sua gestão.
A Lusa noticiou, em março, que o Ministério da Saúde de Angola aprovou a admissão de 5.085 novos profissionais, entre os quais 2.475 médicos, 1.310 enfermeiros, 800 técnicos de diagnóstico e terapeutas e 500 profissionais de apoio hospitalar, em concurso público que deveria ter arrancado no mesmo mês.
Segundo o documento do Ministério da Saúde a que Lusa teve acesso na ocasião, a província de Luanda vai absorver o maior número de profissionais a serem admitidos, um total de 1.047, sendo 335 médicos, 357 enfermeiros, 218 técnicos de diagnóstico e de apoio hospitalar e ainda e 136 vagas para apoio hospitalar.