Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente da ANEUD, Micael Daniel, fez saber que a campanha, marcada para o centro de Luanda, surge devido às "elevadas reclamações dos associados e não só", sobre as dificuldades que encontram diariamente para chegar à escola ou local de trabalho.
"Esse respeito e atenção para com a pessoa portadora de deficiência existe, mas de uma forma muito tímida. Tanto é que temos recebido muitas reclamações por parte dos nossos associados, e não só, que ficam elevadas horas na paragem de táxi [transporte coletivo informal] com elevadas dificuldades", disse.
Falta às aulas e atrasos são as queixas habituais: "Porque os taxistas simplesmente negam [o transporte], argumentando não ter espaço para a cadeira de rodas, por exemplo. Quando em algumas vezes percebemos não ser questão de espaço, mas apenas negligência deles".
De acordo com Micael Daniel, são atitudes "são lamentáveis", por configurarem "atos de discriminação para com a pessoa com deficiência", daí saírem à rua, numa campanha para "exigir respeito, solidariedade aos taxistas e operadores de transportes coletivos".
"Queremos exortar os automobilistas para o dever e respeito a solidariedade para com os deficientes, segundo apelar aos automobilistas que existe uma Lei das Acessibilidades aprovada em 2016, uma lei que temos estado a notar que não tem sido aplicada", referiu.
Além disso, pretendem levar ao conhecimento dos automobilistas que "existe legislação" e que "uma das suas obrigações é a prioridade que deve ser prestada aos portadores de deficiência".
A Associação Nacional de Estudantes Universitários com Deficiência de Angola foi criada em 2014, com o objetivo de promover o respeito e integração social e apoio da pessoa portadora com deficiência particularmente de estudantes universitários, contando atualmente com mais de 1.400 membros.