Em declarações hoje à Lusa, o presidente da União dos Sindicatos de Cabinda (USCA), Manuel Guilherme Tati, fez saber que a garantia da reinserção de 800 trabalhadores, suspensos em abril, foi apresentada hoje pelo delegado provincial do Ministério das Finanças durante uma assembleia geral de trabalhadores.
"Terminamos há instantes uma assembleia onde decretamos o fim da greve em função dos dados e garantias que recebemos, quarta-feira, do Ministério das Finanças para a reinserção de todos os funcionários públicos aqui na província de Cabinda até o mês de agosto", disse.
O Ministério das Finanças de Angola decidiu suspender, em abril, os salários de mais de 64.000 funcionários públicos por alegada dupla "efetividade e falta de documentos", medida que tem sido fortemente contestada por sindicatos e trabalhadores.
Naquela província ao norte de Angola, a USCA exigia a reinserção de 800 dos 1.775 funcionários inicialmente abrangidos pela medida, situação que motivou, na terça-feira, o início da greve geral por tempo indeterminado em protesto também pela falta de salários dos trabalhadores.
Os setores da Educação, Saúde e demais repartições públicas ficaram afetados com esta paralisação geral, pelo que Manuel Guilherme Tati mantém "crença" na resolução das reivindicações dos funcionários públicos de Cabinda.
Cerca de 20.000 funcionários foram mesmo desativados definitivamente pelo Ministério das Finanças.