Em comunicado distribuído hoje à imprensa, o Ministério dos Transportes de Angola refere que a TAAG, transportadora aérea angolana, poderá, contudo, adquirir aviões à Bombardier para reforçar a sua capacidade operacional e institucional.
Em maio passado, a construtora canadiana Bombardier anunciou o fornecimento, por 198 milhões de dólares (165 milhões de euros), de seis aviões Q400 para o novo operador angolano de transportes aéreos regionais, a Air Connection Express, uma parceria público-privada, com a previsão de entrega das primeiras quatro aeronaves em 2019 e as restantes duas no ano seguinte.
A nota governamental indica que as empresas públicas que supostamente fariam parte do novo operador doméstico a constituir "não haviam sequer cumprido com os procedimentos e formalidades estabelecidos na Lei de Bases do Setor Empresarial Público, bem como nos decretos que aprovam os Estatutos da TAAG e da ENANA".
No comunicado, o Governo angolano justifica que a "medida visa assegurar o bom nome do país, a sua reputação internacional e sobretudo a salvaguarda do interesse nacional".
A Air Connection Express seria constituída pela transportadora estatal, TAAG, sócio maioritário, e pela Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA), com as transportadoras privadas Airjet, Air26, Bstfly, Diexim, Mavewa, SJL e Air Guicango.
As aeronaves da Air Connection Express deveriam ser parqueadas em quatro bases regionais, designadamente no norte, em Cabinda, no sul, no Lubango, no leste, no Luena, e no centro, em Benguela, fazendo a ponte aérea com Luanda e garantindo o transporte interprovincial.
TAAG reforça mercado regional em busca de lucro
A TAAG, Linhas Aéreas de Angola, poderá adoptar medidas "mais agressivas" no mercado regional, visando a sua rentabilização, afirmou hoje (quinta-feira), em Luanda, o Presidente do Conselho de Administração da companhia, José Kuvíngua
Em declarações à imprensa, no final da visita de trabalho de pouco mais de quatro horas do ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, as instalações do INAVIC e da TAAG, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, o responsável apresentou algumas propostas visando a rentabilização da companhia.
Para o PCA as medidas passam pela redução de custos, a transformação do produto TAAG em algo mais atractivo, “para permitir transportar mais passageiros e sermos mais agressivos, principalmente, no mercado regional e com isso alimentar as nossas rotas mais rentáveis que são as intercontinentais fundamentalmente Portugal e Brasil”.
Sobre o processo de adequação e ajustamento da força de trabalho às necessidades reais da transportadora, avançou que se limita a passagem à reforma, pelo facto da TAAG possuir presentemente pouco mais de três mil trabalhadores dos 1600 necessários.
Nesta primeira visita às instalações da TAAG e do INAVIC o ministro deixou algumas orientações, no sentido da melhoria das condições de trabalho e de alguns processos que devem ser adequados aos novos sistemas operacionais da companhia.
O ministro Ricardo de Abreu, que tomou posse como novo titular dos Transporte a 21 de Junho, já visitou os órgãos centrais do ministério e a Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA).