Na sequência do diferendo, Paulo de Almeida foi constituído arguido por alegado esbulho violento de uma quinta de cerca de 12 hectares, em posse do camponês Armando Manuel, há quase 40 anos. O caso correu os seus trâmites no Tribunal Supremo.
Em declarações à imprensa, após ter sido empossado como comandante-geral da PN, o substituto de Alfredo Mingas “Panda” admitiu a existência do litígio.
Afirmou que adquiriu a parcela de terra em 1998 por intermédio do Gabinete de Desenvolvimento e Aproveitamento Hidráulico do Kikuxi (GADAK).
Explicou que o terreno foi ocupado por um cidadão que, por sua vez, levou o caso a tribunal, para dirimir a disputa, tendo o órgão de justiça passado uma sentença a favor de Paulo de Almeida.
Ultrapassado o primeiro caso, disse que apareceu um outro cidadão com documentos considerados falsos a reclamar a posse do mesmo espaço, o comandante da PN que acusou “oportunistas” de o levarem a tribunal “com conivência de alguns funcionários da procuradoria geral”.
“É mais uma das coisas do eixo do mal. Os tribunais existem e vamos esperar”, realçou o novo comandante-geral da Polícia Nacional.