Segundo o coordenador da campanha, Edson Martins, a previsão de arrecadação era de 4,9 mil milhões de kwanzas (13,6 milhões de euros), mas apenas metade dos automobilistas pagou o referido imposto.
Contudo, Edson Martins disse que foi "boa" a iniciativa, considerando "de louvar" o nível de adesão dos contribuintes.
"O valor arrecadado ainda é muito insuficiente para fazer face às necessidades para o qual ele foi criado", disse Edson Martins, salientando que não vai haver prorrogação do prazo de pagamento como nos outros anos.
"No decreto deste ano, nós já acautelamos o abril, que é o mês que se faz a prorrogação. Nós para evitarmos esses constrangimentos, porque as pessoas deixam sempre para o último dia, demos quatro meses, justamente para que as pessoas, folgadamente, fossem pagar durante esses quatro períodos, no nosso entender não haverá prorrogação", disse o responsável em declarações à rádio pública angolana.
A taxa de circulação de 2018 manteve o mesmo valor de 2017 para automóveis angolanos, apenas alargando mais um mês o período de cobrança.
O decreto executivo assinado pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, manteve entre 4.300 a 9.300 kwanzas (12,28 a 26,56 euros) o valor para as viaturas ligeiras até aos 1.500 centímetros cúbicos mínimo e os mais de 2.400 centímetros cúbicos (limite máximo).
Os pesados até dez toneladas pagam 10.450 kwanzas (29,85 euros) e os restantes, acima dessa tonelagem, desembolsam 15.350 kwanzas (43,84 euros).
Nos motociclos, o "selo", como também é conhecida a taxa", para veículos com até 125 centímetros cúbicos é cobrado o valor de 1.850 kwanzas (5,28 euros), sendo que nas restantes classes, 126 a 450 centímetros cúbicos e acima dessa cilindragem, são aplicadas, taxas de 2.450 e 3.050 kwanzas (sete e 8,71 euros), respetivamente.
As taxas mantêm-se inalteradas, depois de uma subida de 23% em 2017, e a partir de maio começa a ser aplicada multa de 50% sobre o valor em dívida.