"Entidade pública dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial, que tem por objeto principal a confeção de calçados e uniformes militares", refere a informação
Angola vai ter uma empresa pública para produzir calçados e uniformes militares, conforme decisão governamental tomada em reunião do Conselho de Ministros, na quarta-feira.
De acordo com a informação prestada no final da reunião, realizada em Luanda sob orientação do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, o Conselho de Ministros aprovou o decreto presidencial que cria a Empresa Fabril de Calçados e Uniformes – Empresa Pública (EP).
“Entidade pública dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial, que tem por objeto principal a confeção de calçados e uniformes militares”, refere a informação, enviada à Lusa e que não adianta mais pormenores sobre a futura unidade.
Esta fábrica permitirá, nomeadamente, reduzir as importações de equipamentos militares por Angola.
Os três ramos das Forças Armadas Angolanas integram atualmente mais de 100.000 militares, somando-se ainda as forças de segurança, bombeiros e proteção civil.
A Lusa noticiou em 2015 que Angola aprovou a compra de fardamento e outro equipamento militar no valor de 44,6 milhões de dólares (quase 40 milhões de euros) a uma empresa chinesa.
Segundo um despacho do Presidente angolano autorizando a compra, a que a Lusa teve na altura acesso, o negócio envolvia a China Xinxing and Export Corporation, que segundo informação da própria empresa conta com 180.000 trabalhadores e mais de 50 subsidiárias da área militar, como fábricas de vestuário, calçado e proteção individual.
A empresa chinesa refere ter negócios com 40 países africanos, para onde vende anualmente mais de 100 milhões de dólares (88,9 milhões de euros) em equipamentos.
LUSA