A iniciativa é do especialista angolano, doutorando e docente na Universidade Cruzeiro do Sul do Brasil, Gilberto Meireles Patrocínio, sendo esta a base da sua tese de doutoramento que propõe igualmente um modelo para o ensino superior em Angola.
No lançamento da formação, o docente defendeu que Angola deve pensar num "modelo flexível" no sentido do ensino superior no país, para ganhar outras valências.
"É um curso para formadores e não faz sentido implementarmos educação à distância sem que tenhamos professores, então o professor é o agente da transformação nessa vertente, o curso é destinado aos especialistas de nível superior", disse.
O curso em fase experimental é dirigido apenas para especialistas angolanos do projeto do primeiro satélite angolano (Angosat) e aos docentes do Instituto Superior de Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola.
Para o formador, o retorno dos especialistas que vão participar deste ciclo de formação vai dar corpo e sustento ao modelo proposto de ensino à distância para os técnicos superiores em Angola.
"Acredito que este período seja suficiente para que se possam extrair dados para assim validar o modelo que está a ser proposto", acrescentou.
O curso, que tem o apoio do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação de Angola, deve decorrer até o dia 22 de julho.
Em declarações à imprensa no final da cerimónia de apresentação do curso, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação de Angola, José Carvalho da Rocha, falou em "ganhos para o setor do ensino em Angola", com a promoção deste curso de educação à distância.
"Com as técnicas que serão ensinadas aqui poderemos disseminar os conhecimentos e particularmente para nós. Temos estado a desenvolver o projeto Angosat e sabe que temos estado a acumular muito conhecimento na área espacial e é do nosso interesse pegarmos nesse conhecimento e colocarmos a disposição de todos", sublinhou.
O governante referiu ainda a necessidade de serem desenvolvidos projetos de ensino à distância no país devido ao número de pessoas que com diversas atividades não conseguem ter um ensino presencial.
"O estudo em Angola nesse domínio terá uma relevância assinalável", reforçou.