Numa mensagem de exortação, o presidente da CNE, André da Silva Neto, disse que o dia 23 de julho foi designado para o início da campanha eleitoral, que deverá terminar à meia-noite do dia 21 de agosto, sendo o dia seguinte, 22, reservado à reflexão dos eleitores, sobre os programas políticos transmitidos pelos concorrentes
As eleições gerais de Angola realizam-se no dia 23 de agosto e são concorrentes os partidos Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Aliança Patriótica Nacional (APN) e coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE).
Na sua mensagem, André da Silva Neto fez vários apelos às forças políticas concorrentes, no sentido de se absterem da incitação à violência, atos de vandalismo, de perturbação das atividades de outros partidos, da distribuição de panfletos ofensivos e incitadores à violência contra outros partidos políticos ou seus militantes.
Os apelos estendem-se também aos militantes, simpatizantes e amigos dos partidos e coligação de partidos políticos, para o respeito à diferença de opções dos militantes de outros partidos, de se absterem de se imiscuir nos assuntos das forças da ordem pública, da calúnia e difamação de dirigentes, militantes e ativistas de outros partidos concorrentes.
André da Silva Neto lembrou que as forças políticas concorrentes têm também direitos, como os de reunião com os seus militantes, de manifestações públicas do seu programa de governação, de uso pacífico dos seus meios e distribuição e afixação de cartazes, entre outros.
Às organizações da sociedade civil, o apelo é no sentido de contribuírem para a manutenção da paz e da reconciliação nacional e continuarem a boa prática existente com a CNE de educação cívica e eleitoral.
O presidente da CNE lembrou às forças políticas, em campanha eleitoral, que está nas suas mãos "a honrosa e pesada responsabilidade" de, a partir de 23 de julho, revelarem ao povo, quem é "o gestor certo para levar o país ao destino que os angolanos almejam".
"Façam-no com argumentos de razão convincentes, brilhantes, sólidos, elevados e honrosos e nos estritos marcos exigidos pelos direitos e deveres contidos no Código de Conduta Eleitoral (...) e que vença o melhor, num ambiente de festa e alegria que caracteriza o povo angolano", disse André da Silva Neto.
Angola conta com um número de 9.317.294 de eleitores, para estas eleições, na qual não concorre o líder do MPLA, partido no poder, José Eduardo dos Santos, e Presidente de Angola.