João R. um dos passageiros afetados pela situação disse à Lusa à chegada a Lisboa, no sábado de manhã, que aguardou cerca de 30 minutos junto à passadeira, mas só apareceram cerca de uma dezena de malas, admitindo que mais de metade dos passageiros tenham ficado com a bagagem em Luanda.
“Disseram-me que as malas chegariam no voo da noite de domingo, no entanto só recebi um email automático dizendo que a mala tinha chegado ontem (terça-feira) à noite”, afirmou o passageiro, que se mostrou insatisfeito com a falta de resposta da transportadora.
“Nunca me contactaram pessoalmente, tive de ser sempre eu a ligar para saber o que tinha acontecido à minha mala e ainda vou ter de ir buscá-la ao aeroporto”, criticou.
Fonte da TAP responsabilizou as obras na pista do aeroporto de Luanda pelo incidente, já que condicionam o peso do avião à descolagem por motivos de segurança de voo.
“Esta situação pode obrigar a retirar algum peso do avião, nomeadamente carga ou bagagens, em quantidade variável (e que pode até ser nula), dependendo da ocupação de cada voo específico e das condições meteorológicas a cada momento, nomeadamente a direção e intensidade do vento”, referiu.
Segundo a mesma fonte, as malas do voo em questão foram transportadas logo no dia seguinte (domingo) e foram entregues aos passageiros, o que não aconteceu pelo menos no caso de João R.
A Lusa perguntou à TAP sobre quantos passageiros foram afetados e o número de malas que ficaram em Luanda, mas a companhia não respondeu.
Questionada sobre se os passageiros serão indemnizados, a TAP respondeu igualmente de forma vaga: “são aplicáveis nesta situação todos os regulamentos de transporte aéreo, que a TAP cumpre escrupulosamente”.
Segundo João R., no seu caso, “disseram que apenas pagariam produtos de higiene básica, primeira necessidade, com apresentação das devidas faturas”.