TAP deixa malas de passageiros de Luanda em terra devido a obras no aeroporto da capital angolana

Post by: 13 Abril, 2022

Vários passageiros do voo que a TAP realizou na passada sexta-feira a partir de Luanda chegaram a Lisboa sem bagagem, um problema que a companhia aérea portuguesa atribuiu às obras no aeroporto da capital angolana.

João R. um dos passageiros afetados pela situação disse à Lusa à chegada a Lisboa, no sábado de manhã, que aguardou cerca de 30 minutos junto à passadeira, mas só apareceram cerca de uma dezena de malas, admitindo que mais de metade dos passageiros tenham ficado com a bagagem em Luanda.

“Disseram-me que as malas chegariam no voo da noite de domingo, no entanto só recebi um email automático dizendo que a mala tinha chegado ontem (terça-feira) à noite”, afirmou o passageiro, que se mostrou insatisfeito com a falta de resposta da transportadora.

“Nunca me contactaram pessoalmente, tive de ser sempre eu a ligar para saber o que tinha acontecido à minha mala e ainda vou ter de ir buscá-la ao aeroporto”, criticou.

Fonte da TAP responsabilizou as obras na pista do aeroporto de Luanda pelo incidente, já que condicionam o peso do avião à descolagem por motivos de segurança de voo.

“Esta situação pode obrigar a retirar algum peso do avião, nomeadamente carga ou bagagens, em quantidade variável (e que pode até ser nula), dependendo da ocupação de cada voo específico e das condições meteorológicas a cada momento, nomeadamente a direção e intensidade do vento”, referiu.

Segundo a mesma fonte, as malas do voo em questão foram transportadas logo no dia seguinte (domingo) e foram entregues aos passageiros, o que não aconteceu pelo menos no caso de João R.

A Lusa perguntou à TAP sobre quantos passageiros foram afetados e o número de malas que ficaram em Luanda, mas a companhia não respondeu.

Questionada sobre se os passageiros serão indemnizados, a TAP respondeu igualmente de forma vaga: “são aplicáveis nesta situação todos os regulamentos de transporte aéreo, que a TAP cumpre escrupulosamente”.

Segundo João R., no seu caso, “disseram que apenas pagariam produtos de higiene básica, primeira necessidade, com apresentação das devidas faturas”.

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