Segundo a TAAG, os referidos passageiros, que pretendiam deslocar-se ao exterior a partir do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, possuíam apenas "visto de turismo" e "sem o bilhete de regresso ao seu país de residência válido em sistema".
A companhia não autorizou o embarque desses passageiros devido a este incumprimento, lê-se na nota informativa enviada hoje à Lusa pela operadora estatal angolana.
A TAAG refere que um dos critérios para o embarque de passageiros detentores de visto de turismo, "é serem possuidores de bilhete de ida e de bilhete de regresso para o seu país de residência".
O bilhete de regresso, observa a transportadora aérea, apenas é dispensado para cidadãos nacionais ou residentes do país de destino, bem como passageiros com visto de estudante.
"Apesar de o passageiro conseguir realizar o check-in online do seu voo de ida, aquando no aeroporto (local e de destino), existem demais etapas de controlo e avaliação", salienta-se na nota.
Vários passageiros estão retidos, desde sábado passado, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, nesta condição, apesar de estes terem pagado os bilhetes de passagem junto da Agência Palmira Viagem, como noticia o Novo Jornal.
Segundo a publicação, estes terão desembolsado milhões de kwanzas para a aquisição dos bilhetes para embarcar para Portugal, Brasil e outros países, e admitem terem sido "vítimas de burla," por parte da agência de viagens, face ao impedimento das autoridades migratórias.
A TAAG esclarece igualmente que agências de viagens parceiras da empresa "estão instruídas para a necessidade de os passageiros com visto de turismo terem de adquirir um bilhete com itinerário completo, ou seja, ida e volta, garantindo assim a elegibilidade para o embarque".
A transportadora aérea angolana assegura ainda que "não tem qualquer relação direta com a agência Palmira Viagem, e, por conseguinte, não tem qualquer responsabilidade ou grau de influência sobre a sua política de vendas ao cliente final".
Sobre as queixas dos passageiros, uma fonte do Serviço de Investigação Criminal (SIC) disse hoje à Lusa que o órgão está a par da situação e que ainda teve intervenção direta porque a agência "está a negociar com os visados, por não terem todos a mesma situação".
A Lusa tentou contactar a agência de viagens Palmira, mas sem sucesso até ao momento.