Localizado na ilha de Luanda, o imóvel encontrava-se abandonado quase três décadas.
O Memorando de Entendimento foi assinado entre os presidentes do Conselho de Administração da Fundação Sagrada Esperança (FSE), Roberto de Almeida, e o do Grupo ACAAL Angola, Jorge Amaral.
Em 2017, o Hotel foi comprado pela Fundação Sagrada Esperança.
No quadro do Memorando assinado, as actuais estruturas do Hotel serão demolidas para dar lugar a um outro projecto, um trabalho que vai levar cerca de 36 meses.
A demolição do Panorama vai depender da obtenção de toda a documentação, um processo que poderá levar seis meses.
A infra-estrutura vai dispor de 175 quartos, dos quais 160 suites, 10 suites master e cinco presidencial, além de um centro de convenções para cerca de 500 pessoas.
O imóvel previsto reserva também espaço para um SPA, piscinas e restaurante panorâmico, discoteca, galeria comercial e um parque de estacionamento para viaturas.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da FSE, Roberto de Almeida, o projecto vai permitir a criação de 600 a 700 novos postos de trabalho.
“Devemos ainda adquirir as devidas licenças, autorizações das entidades competentes, como o Governo de Luanda e outras, assim que as tivermos vamos começar com os trabalhos”, confirmou.
Olhando para a posição do hotel, com vista para o mar, Roberto de Almeida antevê a atracção de turistas, que terão actividades náuticas e outras modalidades desportivas.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração do Grupo ACAAL Angola, Jorge Amaral, referiu que todas as infra-estruturas e os alicerces do hotel estão totalmente destruídos pelo efeito do mar e por nunca ter sido usado há cerca de duas décadas.
O responsável considera que o novo Hotel Panorama vai revitalizar uma área extra-ordinária da cidade de Luanda, além de vir a revitalizar o turismo.
Considerado um projecto emblemático, o Hotel Panorama existe há mais de 40 anos, e foi durante muitos anos, o único com cinco estrelas em Luanda.
Em 2007, foi despromovido, pelo Ministério de Hotelaria e Turismo, para a categoria de uma estrela, depois de passar por um processo de decadência, que começou durante a guerra civil e se acentuou por falta de investimento em obras de manutenção.
O empreiteiro, Grupo ALCAAL Angola , é uma empresa de direito angolano com mais de 700 trabalhadores e opera nas áreas da agricultura, indústria têxtil e de reflorestamento, actuando, actualmente, nas províncias de Luanda, Cuando Cubango, Malanje e Zaire.