Em nota de repúdio, o sindicato condena o "abuso de autoridade" manifestado pelo conselho de administração da RNA por tentativa de impedimento de uma assembleia de trabalhadores, agendada para hoje, “legalmente convocada” e “tempestivamente” comunicada ao presidente do órgão.
Para o sindicato, a atitude da administração da rádio estatal angolana, que apenas cedeu o espaço para a reunião a minutos desta acontecer, sem quaisquer condições mínimas para que esta se realizasse, configura uma “deliberada vontade de coartar a liberdade sindical”.
O sindicato cita um despacho datado de hoje e assinado pelo diretor do gabinete do presidente do conselho de administração, em que a entidade patronal considerava que não seria possível a realização da assembleia nas instalações da RNA, em Luanda, por “supostamente coincidir com a hora do trabalho”.
O sindicato qualificou a atitude da administração da RNA como “manifesto subterfúgio” para impedir a realização da reunião, salientando que tal postura viola a lei sindical.
A entidade sindical lamentou ainda, na nota assinada pelo seu secretário-geral, Teixeira Cândido, que a decisão tenha saído de um órgão constituído “maioritariamente por jornalistas”.
De acordo com a convocatória a que a Lusa teve acesso, uma possível greve geral era o principal ponto da agenda desta assembleia.
O serviço público de radiodifusão da RNA, tutelada pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social de Angola, conta com quatro rádios nacionais, 18 rádios provinciais, um canal internacional, três rádios municipais e duas regionais.