O Projeto de Desenvolvimento do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (TEST, sigla em inglês) foi apresentado pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola, Maria do Rosário Bragança.
A governante angolana frisou que o ensino superior é um pilar estratégico para o desenvolvimento de uma sociedade mais próspera e equitativa, sublinhando “o papel central na capacitação dos indivíduos, oferecendo-lhes as ferramentas necessárias para inovar, criar e liderar”.
“As universidades, institutos e escolas superiores não são apenas instituições de ensino-aprendizagem, são locais onde se deve exercitar a criatividade, a inovação e aprender a desenvolver o pensamento crítico, são verdadeiros celeiros onde se formam líderes, empreendedores, cientistas e visionários do amanhã”, disse.
Maria do Rosário Bragança frisou que o Governo pretende garantir para o ensino superior instalações dignas, bem equipadas, com salas de aula modernas, laboratórios, bibliotecas e recursos digitais, com equipamentos de apoio social, como residências para estudantes, espaços desportivos e de lazer, para promover “a excelência académica e a inovação”.
A ministra realçou que, para se garantir a qualidade do ensino, é preciso também existirem professores qualificados, os “pilares do sistema educativo”, que “merecem condições de trabalho dignas, remuneração adequada e desenvolvimento profissional contínuo”.
Face às dificuldades económicas e financeiras atuais, é necessário promover parcerias globais robustas, prosseguiu a ministra, destacando o suporte financeiro do BM, por via de um empréstimo, e da Parceria Global para a Educação, através de uma doação de 50 milhões de dólares (46,9 milhões de euros).
Na sua intervenção, o representante do BM em Angola, Juan Carlos Alvarez, referiu ser a primeira vez que a instituição financeira internacional investe no ensino superior angolano, num projeto a ser desenvolvido em várias fases.
Juan Carlos Alvarez indicou que este instrumento de financiamento, com várias fases, permite “um horizonte temporal mais alongado, neste caso de dez anos”, e assinalou o apoio a longo prazo desta instituição financeira ao Governo angolano.
“Estamos muito satisfeitos por trazer um parceiro financeiro, a Parceria Global para a Educação, que está a financiar esta operação com uma subvenção de 50 milhões de dólares”, disse o responsável do BM, destacando que, através deste programa, vão ajudar Angola “a transformar a forma como os professores são formados”.
O representante do BM destacou que estes investimentos vão beneficiar 150 mil estudantes do ensino superior, incluindo instituições de formação de professores.
O TEST contempla três fases, a primeira com o valor de 150 milhões de dólares (140,5 milhões de euros), a segunda com 175 milhões de dólares (164,4 milhões de euros) e a terceira com outros 175 milhões de dólares, totalizando o pacote de 500 milhões dólares (469,7 milhões de euros).