Gildo Matias José falou hoje sobre o Desenvolvimento do Ensino Técnico Profissional em Angola numa ação promovida pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.
O secretário de Estado para o Ensino Secundário disse que o número de escolas de formação técnico-profissional passou de 320 para 507 disponíveis, entre 2020 e 2024, destacando também o aumento do número de docentes, com 45 mil recrutamentos entre 2018 e 2024, bem como uma evolução na ordem dos 50% da quantidade de alunos matriculados entre 2019, com mais de 256 mil, e 2024, mais de 522 mil.
O governante angolano realçou que, para o ano letivo 2024/2025, estão disponíveis 55.902 vagas, um total de 128 cursos e 601 instituições entre públicas, público-privadas e privadas em todo o país.
Gildo Matias José avançou que são várias as necessidades de formação em Angola, sobretudo nos ramos dos serviços, indústrias, agrário e das ciências da saúde.
No que se refere à cooperação com Portugal, o governante angolano salientou que se realiza em duas componentes, nomeadamente a formação e gestão do pessoal docente, que inclui uma terceira edição de mestrados e metodologia de ensino e a primeira edição do programa de doutoramento em metodologias de ensino.
A outra componente diz respeito ao apoio às escolas no ramo da hotelaria e turismo.
"O país anda determinado em relançar e fazer do turismo uma fonte robusta de promoção de riqueza”, frisou.
Já em implementação, está o terceiro ciclo do Programa Saber Mais, que tem como objetivo apoiar as escolas de nível médio de formação de professores, a decorrer nas províncias de Luanda e do Bié, salientou Gildo Matias José.
No ramo das ciências da saúde, o secretário de Estado para o Ensino Secundário de Angola disse que está quase a terminar uma avaliação da oferta formativa no ramo da saúde, onde foram encontradas algumas insuficiências.
Apesar das melhorias em termos de oferta de infraestruturas e cursos, há desafios em termos do ajustamento da oferta e do financiamento público, ou seja, recursos para garantir que as instituições continuem a funcionar de forma regular.
“Há também o desafio dos estágios profissionais, que carece de uma articulação muito forte do tecido empresarial. E, numa altura em que muitas vezes as empresas também têm as suas dificuldades, às vezes tem sido relativamente difícil encontrar estágios”, declarou.
“Em relação a isso, o que temos recomendado aos nossos gestores é que desenvolvam uma boa relação com as empresas. É importante que os nossos gestores escolares estreitem a relação com o tecido empresarial”, acrescentou.