Segundo a Lobito Atlantic Railway (LAR), foram também já exportados carregamentos de cobre para portos da Europa e Extremo Oriente, desde o início da concessão, em janeiro.
A carga de cátodos de cobre teve como destino Baltimore (estado de Maryland, na costa Oeste) e chegou ao Lobito na segunda-feira num comboio operado pela LAR, seis dias depois de ter partido de Kolwezi (República Democrática do Congo).
“Este embarque evidencia a crescente oferta de serviços por parte das companhias marítimas internacionais no Porto do Lobito, facto que vai alavancar o desenvolvimento crescente das nossas operações e dos envios regulares de matérias-primas para a Europa e América”, considerou Francisco Franca, Presidente do Conselho de Administração da LAR, citado no comunicado.
Há um mês, o terminal de minerais do porto do Lobito, deu início à operação portuária da LAR, com um navio de transporte de carga, carregado com 40.500 toneladas de enxofre.
Por enquanto, a LAR está atualmente a transportar apenas enxofre e cobre, mas “no futuro, pode ser combustível e mercadoria em geral”, adiantou à Lusa uma fonte da empresa.
A LAR espera receber em dezembro novos vagões encomendados há cerca de dois meses a uma empresa sul-africana, segundo a mesma fonte.
O consórcio LAR, constituído pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis, obteve em 2022 a concessão para a operação, gestão e manutenção do corredor ferroviário do Lobito, e desde janeiro opera, gere e mantém a linha ferroviária que se estende por 1.300 km em Angola, entre o Porto do Lobito e o Luau, no Leste, e que faz a ligação com a rede ferroviária gerida pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo, na República Democrática do Congo, até Kolwezi, o coração do Cinturão do Cobre.
O projeto de reabilitação deste corredor logístico, apoiado pelos governos de Angola, República Democrática do Congo, Zâmbia e Parceria para o Investimento Global em Infraestruturas do Governo dos EUA, representa um investimento de mais de 500 milhões de dólares durante a vigência da concessão.
Está em curso um estudo de pré-viabilidade separado, apoiado pelos EUA e pela União Europeia, para a extensão da linha férrea do Lobito até ao norte da Zâmbia.