Sem avançar mais detalhes, o bispo católico apenas lamentou a morte do cardeal angolano.
Alexandre do Nascimento nasceu na província de Malanje, a 1 de Março de 1925, e estudou nos seminários de Bângalas, de Malanje e de Luanda.
Em 1948, foi enviado para a Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, onde obteve o bacharelado em Filosofia e a licenciatura em Teologia, sendo ordenado Padre a 20 de Dezembro de 1952.
Enquanto padre, tornou-se professor de Teologia Dogmática do Seminário Maior Arquidiocesano do Sagrado Coração de Jesus, em Luanda, e redactor-chefe do Jornal Católico "O Apostolado", entre 1953 e 1956, e exerceu a função de Pregador da Sé Catedral, de 1956 a 1961.
A 10 de Agosto de 1975, foi nomeado bispo de Malanje, sendo ordenado a 31 de Agosto de 1975, na Sé Catedral de Luanda,
A 3 de Fevereiro de 1977, foi promovido a Arcebispo Metropolitano do Lubango e administrador apostólico ad nutum Sanctæ Sedis da Diocese de Ondjiva.
A 5 de Janeiro de 1983 foi anunciada a sua criação como cardeal, pelo Papa João Paulo II, no Consistório de 2 de Fevereiro, em que recebeu o barrete vermelho e o título de cardeal-presbítero de São Marcos em Agro Laurentino.
Na sequência, Alexandre do Nascimento foi transferido para a Arquidiocese de Luanda a 16 de Fevereiro de 1986, tendo dirigido esta região até 23 de Janeiro de 2001.
Foi, também, presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, entre 1990 e 1997, e a 5 de Junho de 2015 ingressou na Ordem dos Pregadores.
Ao longo da sua carreira foi reconhecido com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, entregue na Embaixada Portuguesa de Luanda, a 19 de Julho de 2010, e tem doutoramento Honoris Causa pela Universidade Católica de Angola (2019).
Em termos de obras, Dom Alexandre do Nascimento possui “Após 15 anos, uma hora verdadeiramente eucarística nas ruas de Luanda : alocução feita no termo da procissão do corpo de Deus”, “Caminhos da Esperança”, “Como eu li o Livro de Rute”, “Diário íntimo e outros escritos de piedade”, “Do Conceito da Civilização e suas Incidências”, “Do homem sem fé – suas possibilidades e Limites – Segundo Francisco Suarez”.
Em termos de escritos pastorais, possui a “Experiência constitucional angolana e a justificação dos direitos fundamentais”, “Livro de ritmos”, “Meditações para o ano Santo”, “Pequeno livro de Nossa Senhora” e “Sobre o belo e a Moral”.