Dizem as promotoras que “Angola quer viver uma nova era, e para viver uma nova era é necessário, garantir a separação dos poderes e exigir o respeito pela lei, portanto exigimos que o Tribunal Constitucional de Angola anule as eleições realizadas no dia 23 de Agosto de 2017 e faça com que a CNE realize novas eleições verdadeiramente livres e justas”.
Segundo o manifesto divulgado por este grupo de mulheres, “os últimos 5 anos de governação do MPLA foram anos de luto, injustiça, roubo e de impunidades sem limites”, por isso, “nós mulheres deste movimento, estamos aqui para representar a voz de todas as mulheres desta nação, porque nós somos as mães das próximas gerações e achamos que o povo angolano desta geração tem que assegurar o futuro risonho das próximas gerações agora no presente. Não podemos perder mais tempo”.
“Soberano povo angolano, os portugueses só deixaram o poder quando o povo se ergueu, quando os angolanos daquele tempo decidiram dizer Basta. Por isso Basta de tanto sofrimento, injustiça, de uma governação com falta de amor, governação que só alimenta o ódio, exclusão social, miséria e pobreza e mais pobreza”, escrevem as mulheres do Movimento Angolanas Naturais.
Referem também que “se o MPLA venceu que seja por vontade da maior parte dos angolanos e não por imposição alguma”.
“Por isso, se você é contra:
- A crise de lixo que causou a febre-amarela que matou milhares de angolanos,
- A morte de crianças no hospital Pediátrico em Luanda,
- A morte de mães e filhos nas maternidades públicas por falta de um sistema de saúde público condigno,
- A má qualidade das escolas públicas,
- Ao abuso contra as nossas compatriotas zungueiras,
- A impunidade que só protege os verdadeiros criminosos que têm desgraçado toda essa nação,
- A falta de emprego, saúde, educação e habitação,
- A morte de Rufino,
- Os roubos nos bancos do país,
- A fraude nos concursos públicos,
Venha juntar-se a essa causa pacífica onde iremos exigir a CNE o respeito à Lei Eleitoral”, diz o manifesto.
O Movimento Angolanas Naturais salienta que “os angolanos nas províncias devem também reunir-se à frente do edifício principal do Governo provincial de cada província de Cabinda ao Cunene. E diante dos tribunais. Não devemos ter medo da polícia nem dos militares pois eles são nossos filhos”.
Subscrevem este manifesto/convocatória: Maria Mambo, Celestina Pedro Dos Santos, Lídia Cruz (advogada), Marina Cabral (jurista), Josefina Pedro dos Santos (advogada), Malawi Xietu (advogada), Lorena Pinto (empresária), Liegi Coimbra (enfermeira), Carolina Maravilha (enfermeira), Nkenda Morena Mambo (médica), Teresa Dias (médica), Paula Marta João (professora), Tchissola Maínga (desempregada), Soraia Vasconcelos (advogada), Daniela Garção (advogada) e Helia aa Silva (professora).
Folha 8