Angola vai vacinar mais de dois milhões de pessoas contra a cólera em cinco províncias

Post by: 11 Julho, 2025

O Governo angolano vai vacinar mais de dois milhões de pessoas contra a cólera, em cinco províncias do país onde se regista transmissão ativa desta doença, que desde janeiro assola Angola, com centenas de mortes.

O lançamento da segunda ronda da campanha de vacinação contra a cólera, promovida pelo Ministério da Saúde de Angola, em parceria com a Aliança Global de Vacinas (GAVI), a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a União Europeia, vai decorrer na província da Lunda Norte.

De acordo com um comunicado de imprensa do Ministério da Saúde, além da Lunda Norte, a campanha de vacinação vai decorrer nas províncias de Cabinda, Cuanza Sul, Huíla, Namibe e Zaire, tendo os municípios selecionados sido definidos como prioritários, com base em análises epidemiológicas diárias.

Para a campanha, foram mobilizadas cerca de 942 equipas, compostas por vacinadores, mobilizadores, supervisores, que vão visitar as comunidades e montar postos fixos em zonas específicas, para alcançar todos os beneficiários previstos.

“Esta campanha abrange todas as pessoas a partir de um ano de idade e será integrada numa resposta mais ampla, incluindo o reforço da vigilância, o acesso à água segura e ao saneamento, o tratamento oportuno dos casos, bem como atividades de comunicação de risco e envolvimento comunitário”, refere o ministério.

A vacina a ser usada é a Euvichol-S, por via oral, de dose única, doada recentemente pela GAVI, acrescenta.

“Trata-se de uma vacina disponibilizada através de um processo de alocação global coordenado pelo Grupo Internacional de Coordenação (IGG), na sequência de negociações com a GAVI ao mais alto nível e fazem parte de um esforço conjunto para apoiar países com surtos ativos e de risco elevado de transmissão”, salienta.

Desde janeiro, a cólera provocou, em Angola, 763 mortes, um total de 27.381 casos, com os números a registar uma diminuição nos últimos tempos, passando das dezenas de mortes diárias e centenas de casos por dia, para números bastante inferiores.

Os dados das últimas 24 horas indicam um total de 23 novas infeções, sem o registo de óbitos.

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