O acordo foi assinado em Luanda, entre o Japão e o Gabinete das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS), que será o executor deste projeto, a partir de setembro, e vai beneficiar 620 pequenos agricultores das províncias de Benguela e Huambo.

Esta iniciativa, segundo divulgou a Angop, agência noticiosa angolana, visa desenvolver infraestruturas de irrigação e armazenamento. O acordo foi assinado pelo embaixador do Japão em Angola, Sano Hiroaki, e pelo chefe do Programa do Escritório Multi-países da UNOPS na África Central, Frederic Frippiat.

Na sua intervenção, o diplomata japonês frisou que o projeto tem a duração de dois anos, tendo também como foco a capacitação dos pequenos produtores sobre novas técnicas de produção, manifestando o contínuo apoio do Japão na transferência de tecnologia para o desenvolvimento da agricultura angolana.

Por sua vez, Frederic Frippiat destacou que a melhoria das infraestruturas é crucial para evitar perdas de produção e aumentar o volume de colheita anual.

O Corredor do Lobito é uma infraestrutura ferroviária que atravessa Angola ao longo de 1.300 quilómetros ligando o porto do Lobito (litoral) à fronteira com a República Democrática do Congo para escoar a produção de minerais críticos das regiões do Copperbelt (RDCongo) e Kolwezi (Zâmbia).

A operação é assegurada pela Lobito Atlantic Railway (consórcio que integra a portuguesa Mota-Egil, a suíça Trafigura e a belga Vecturis), e deverá contar com um investimento de quase mil milhões de dólares, parcialmente financiados pela Development Finance Corporation (DFC) e pelo Development Bank of Southern Africa.

Este empreendimento está também inscrito na iniciativa europeia Global Gateway, tendo o bloco europeu anunciado um pacote de 600 milhões de euros através da Partnership for Global Infrastructure and Investment (PGII) desenvolvida no âmbito do G7.