Vendedores e compradores dos principais produtos da cesta básica angolana em Luanda queixam-se da subida de preços, que quase duplicaram desde maio, e apelam à intervenção do “pai” João Lourenço, para travar os aumentos.
O Índice de Preços no Consumidor Nacional desceu, em novembro, para 15,24%, em termos homólogos, o valor mais baixo em quase sete anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) analisados pela Lusa.
O Governo angolano admitiu hoje que os impactos da crise global, sobretudo a guerra na Ucrânia, já se refletem no aumento dos preços dos bens alimentares no país, garantindo que foram tomadas “medidas urgentes” para mitigar os efeitos.
O índice de preços no consumidor angolano registou uma variação homóloga de 16,68% em outubro, mantendo a tendência decrescente que se verifica desde janeiro de 2022 e atingindo o valor mais baixo desde dezembro de 2019.
A taxa de inflação em Angola atingiu em agosto 19,7% contra os 30% do período homólogo de 202, enquanto o rácio da dívida pública baixou para 66%, no primeiro trimestre de 2022, anunciou hoje o Governo angolano.
O índice de preços no consumidor em Angola fixou-se em junho nos 22,96%, o valor mais baixo em quase dois anos, e que representa um decréscimo de 2,36 pontos percentuais face à inflação registada em junho de 2021.
A inflação em Angola, medida pelo Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), fixou-se em 27,28% em fevereiro, mais 2,43 pontos percentuais face ao mês homólogo, indicou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A consultora Oxford Economics Africa estima que a moeda angolana abrande a trajetória de subida, fechando o ano com uma subida dos preços na ordem dos 18,3%, depois de subir 25,7% no ano passado.
A inflação em Angola subiu 26,87% em outubro deste ano face ao período homólogo de 2020, acelerando também 2,06% relativamente à variação registada em setembro, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística de Angola.
A autoridade reguladora dos transportes angolana, na sequência de “várias reclamações dos utentes”, proibiu expressamente o aumento dos preços das operadoras de transportes rodoviários de longo curso, ameaçando-as com a suspensão das licenças, num comunicado divulgado esta segunda-feira.