De acordo com Leonel Augusto, o regulador recebeu muitas propostas de novas operadoras que querem prestar serviço no âmbito do novo paradigma de licenciamento, as licenças multi-serviços, no entanto algumas delas têm tido a necessidade de adequar e conformar alguns documentos”, referiu.
Ainda segundo o presidente do INACOM, com o lançamento do Angosat-1 o país terá mais infraestruturas de telecomunicações, o que vai facilitar o trabalho das próprias operadoras”.
“As operadoras vão pagar com a moeda nacional o segmento espacial, isto em termos de custos operacionais tem um grande impacto para as próprias operadoras e um grande benefício para os utilizadores”, concluiu.
Na ocasião, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação de Angola, José Carvalho da Rocha, confirmou, que o Angosat-1, o primeiro satélite angolano, será lançado em dezembro, no Cazaquistão.
“Faremos, de facto, o lançamento do Angosat no mês de dezembro. Estamos a fazer tudo para que isto aconteça com as datas indicativas. Vamos fazer o lançamento do Cazaquistão, onde se encontra a base de lançamento da empresa que tem estado a trabalhar connosco”, anunciou o ministro.
José Carvalho da Rocha falava à imprensa no final da reunião que manteve, em Luanda, com os operadores públicos e privados do setor.
A Lusa noticiou a 3 de outubro, citando informação das autoridades espaciais russas que o lançamento do AngoSat-1 está previsto para 7 de dezembro, no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
De acordo com a mesma informação, o lançamento do satélite, construído por um consórcio estatal russo, será feito com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmos, empresa estatal espacial da Rússia.
O lançamento tem sido sucessivamente adiado e chegou a estar previsto para setembro último, sendo um projeto que estava avaliado, em 2013, em 37 mil milhões de kwanzas (cerca de 190 milhões de euros, à taxa de câmbio atual).
A construção do satélite, que vai reforçar as comunicações nacionais e internacionais, arrancou a 19 de novembro de 2013, cerca de 12 anos depois de iniciado o processo. Essa construção deveria prolongar-se por 36 meses, calendário que o Governo angolano garantiu anteriormente estar a ser cumprido integralmente.
O AngoSat-1 vai disponibilizar serviços de telecomunicações, televisão, internet e governo eletrónico, devendo permanecer em órbita “na melhor das hipóteses” durante 18 anos.
O primeiro satélite angolano deverá cobrir todo o continente africano e uma parte da Europa, tendo o principal centro de controlo em Korolev, na Rússia, e outro em Luanda.