Já todos vimos filmes ou episódios de séries norte-americanas sobre Objetos Voadores Não Identificados – que é como quem diz, OVNI. Desde a transmissão de uma falsa “Guerra dos Mundos” em 1938, por Orson Welles, passando por obras-primas como o filme de Steven Spielberg — “ET”, de 1982 — que era certo e sabido que a sociedade norte-americana era fascinada por uma possível visita de extraterrestres ao planeta Terra.
Tudo indica que esse entusiasmo persiste. No sábado, o New York Timespublicou um artigo sobre a muito provável existência de um programa de investigação a OVNI dentro do imenso Departamento da Defesa dos Estados Unidos. O jornal contava que o Advanced Aviation Threat Identification Program existiu realmente – de 2007 a 2012 -, mas acabou por ser encerrado por uma mudança de prioridades no financiamento, já que só este programa era orçamentado em 22 milhões de dólares.
Numa primeira resposta, a porta-voz do Pentágono confirmou a existência – e o consequente encerramento – do programa. “O Advanced Aviation Threat Identification Program acabou em 2012. Determinou-se que existiam outros assuntos de maior prioridade que mereciam financiamento e era do melhor interesse do Departamento da Defesa fazer essa mudança”, disse Laura Ochoa, numa resposta através de email.
Quanto à manutenção do programa, a porta-voz foi mais evasiva. E deixou espaço para acreditar que, de facto, os Estados Unidos ainda gastam milhões na investigação de possíveis extraterrestres que eventualmente irão visitar a Terra. “O Departamento da Defesa leva a sério todas as ameaças e potenciais ameaças ao nosso povo, aos nossos bens e à nossa missão, e entra em ação sempre que informação credível é desenvolvida”, afirmou Laura Ochoa.
O artigo original do NY Times explicava que o financiamento inicial surgiu a pedido do antigo senador do Estado do Nevada, um conhecido entusiasta do mundo extraterrestre e confesso crente na existência de OVNIs. Depois da investigação do jornal norte-americano, o democrata Harry Reid partilhou o artigo no Twitter e escreveu “a verdade está cá fora. A sério”. Observador