A Sonangol enviou uma queixa-crime à Procuradoria Geral de Angola contra Isabel dos Santos por alegados desvios de dividendos.
Depois da exoneração, em novembro, de Isabel dos Santos do cargo de presidente do Conselho de Administração da Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis) pelo novo presidente angolano, João Lourenço, a nova gestão da petrolífera, encabeçada agora por Carlos Saturnino, alega irregularidades no recebimento e distribuição dos dividendos a que tem direito na petrolífera portuguesa Galp.
A notícia é avançada hoje pelo Correio da Manhã (acesso restrito), que dá conta que a Sonalgol terá já enviado uma queixa-crime à Procuradoria Geral de Angola contra Isabel dos Santos por alegados desvios destes dividendos, que totalizaram mais 412 milhões de euros em 2016. O Correio da Manhã cita fontes ligadas ao governo angolano que garantem que será também pedida a colaboração da PGR portuguesa para a investigação deste processo.
O jornal diz igualmente que uma fonte próxima de Isabel dos Santos já negou as acusações de desvio de dividendos e outras irregularidades durante o tempo em que esteve à frente da Sonangol.
O Correio da Manhã remete para o Relatório e Contas da Galp, que dá conta que 206 milhões de euros de dividendos foram já distribuídos em setembro de 2016, ficando o remanescente, mais de 206 milhões, para distribuir durante 2017. Dinheiro Vivo