A posição consta do comunicado final da segunda reunião extraordinária do secretariado do bureau político do partido, que decorreu hoje, em Luanda, sob orientação de João Lourenço, vice-presidente do MPLA e chefe de Estado angolano, na ausência de José Eduardo dos Santos, que continua na liderança.
Na mesma declaração, enviada à Lusa, o secretariado do partido manifesta-se "preocupado face à greve de professores" do ensino geral, iniciada na segunda-feira, e que se prolonga até 27 de abril, tendo "exortado o executivo a envidar todos os esforços para que se encontrem consensos".
Foi feito ainda o apelo "para que, da parte dos docentes, prevaleça uma atitude patriótica, em prol das crianças angolanas e do seu direito à educação e ensino".
A posição surge depois de uma delegação do Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof) ter reunido na terça-feira com o Ministério da Educação, mas que terminou sem consenso, mantendo-se a paralisação.
Esta paralisação, a terceira fase da greve convocada em 2017 pelo Sinprof, e suspensa há cerca de um ano para negociações com o Governo, está a levar ao fecho de várias escolas por todo o país e acontece numa fase de avaliações dos alunos do ensino geral.
Em causa, a motivar esta paralisação, segundo o Sinprof, está a falta de resposta do Governo ao caderno reivindicativo apresentado ao Ministério da Educação em 2013.
O presidente daquele sindicato, Guilherme Silva, referiu anteriormente que os professores pretendem com esta greve demonstrar a sua insatisfação pela não aprovação do novo Estatuto da Carreira Docente, bem como rejeitar a estratégia do Ministério da Educação, de priorizar o concurso público de admissão de novos professores em detrimento da atualização de categoria dos professores em serviço.