Em declarações à imprensa, à margem de um encontro de avaliação da “Operação Transparência”, Pedro Sebastião reafirmou que as condições para a exumação estão criadas.
O ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República argumentou que não se tratará de um funeral oficial, uma vez que – disse – o antigo presidente da UNITA não pertencia à "família governamental", quando faleceu.
Sobre este assunto, o Presidente da República, João Lourenço, esclareceu, em Dezembro último, na sua segunda entrevista colectiva, que o Executivo está pronto para ajudar a organizar o acto de exumação dos restos mortais de Jonas Savimbi, esperando apenas pela decisão da direcção daquele partido.
Pedro Sebastião precisou que não existem razões para se fazer paralelismos com o funeral de Estado dado ao também falecido general Arlindo Chenda Pena "Ben-Ben", antigo chefe-adjunto do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA).
A esse respeito, o vice-presidente da UNITA, Raul Danda, afirmou esta noite, à TV Zimbo, que o seu partido “não solicitou funeral com honras de Estado”, tendo exigido somente a entrega dos restos mortais à família.
Disse que a direcção da UNITA e a família de Jonas Savimbi estão em sintonia em relação à forma como se pretende sepultar o antigo líder político, e reafirmou a intenção de o fazerem na sua terra natal, antes da realização do Congresso do partido, este ano.
A Comissão Multisectorial para a Exumação, Trasladação e Inumação dos Restos Mortais de Jonas Savimbi tinha agendado para 20 de Dezembro transacto o enterro do ex-líder da UNITA, morto em combate, a 22 de Fevereiro de 2002, o que não aconteceu.
Na base do atraso está o facto de a UNITA exigir a realização de colheitas de amostras dos restos mortais, para serem submetidos a exames de ADN, em três laboratórios por si escolhidos no exterior do país, a fim de certificar que as ossadas correspondam às do seu líder fundador.