O estadista angolano falava durante o jantar oficial oferecido ao seu homólogo de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito da sua visita oficial ao país.
João Lourenço referiu que, tratando-se de eleições autárquicas pela primeira vez em Angola, é uma experiência nova na cultura política dos angolanos e gostaria de contar com ajuda de Portugal, por possuir uma longa tradição e experiência nesse domínio.
Neste sentido, salientou que os dois países defendem os mesmos valores democráticos e de respeito pelos direitos humanos, lutando por um mundo de paz e harmonia entre todas as nações e pela salvaguarda de um planeta que a todos abrigue.
Disse que Angola defende a resolução de conflitos por via do diálogo e da reconciliação ao nível regional, continental ou mundial.
O Presidente João Lourenço falou ainda dos conflitos que ameaçam regiões de forma conturbada, tendo referenciado o caso da península coreana, do médio oriente e da situação na Venezuela, defendendo para estes casos o diálogo entre as forças políticas internas.
Em relação à República Centro Africana, ressaltou e louvou o desempenho de Portugal que destacou, naquele país da região dos Grandes Lagos, militares portugueses na missão das Nações Unidas, que têm ajudado na preservação da paz e ordem publica.
Marcelo Rebelo de Sousa destaca momento nas relações
Ao intervir na cerimónia, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou o facto de o novo ciclo nas relações entre os dois países corresponder também ao novo momento na vida de Angola.
Este momento, destacou, é caracterizado pela regeneração financeira, combate à corrupção, afirmação regional e mundial, aposta na modernização, transparência, abertura e acrescida ambição no futuro.
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que Portugal estará sempre, e cada vez mais, ao lado de Angola, do mesmo jeito acredita que os angolanos, na sua incansável solidariedade, estarão ao lado dos portugueses.
“Estamos juntos na parceria estratégica, na cooperação económica, financeira, educativa, cientifica, cultural, social e política, porque, no essencial, vemos o mundo do mesmo modo, a pensar na paz, nos direitos humanos, na democracia, direito internacional e no desenvolvimento sustentavel”, disse.