A companhia área TAP foi utilizada num esquema de branqueamento de capitais vindos de Angola, noticia o Correio da Manhã desta sexta-feira, 21 de Julho.
O Ministério Público acusa quatro altos responsáveis da TAP de terem ajudado a “esconder” milhões de euros de origem duvidosa, provenientes de Angola. Um alegado esquema de “lavagem de dinheiro” que usou a TAP num contrato de falsa prestação de serviços.
Esta investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária é divulgada pelo Correio da Manhã, que aponta que foram constituídos sete arguidos, entre os quais quatro altos responsáveis da TAP, no âmbito de suspeitas em torno de um esquema de corrupção para “esconder” capitais oriundos de Angola.
O Ministério Público acusa o antigo administrador da TAP, Fernando Sobral, e três altos quadros ligados à área da manutenção, José Santos, Vítor Pinto e Pedro Pedroso, dos crimes de corrupção com prejuízo no comércio internacional, de branqueamento de capitais e de falsificação de documentos.
Na investigação assumida pelo procurador Rosário Teixeira, foram ainda constituídos arguidos os advogados João Gomes Correia, Miguel Alves Coelho e Ana Paula Reais, apontados como intermediários do alegado esquema de corrupção, através de falsos serviços de consultadoria, escreve o CM.
De acordo com as suspeitas do MP, entraram em Portugal 25 milhões de euros provenientes de Angola e com origem duvidosa.
Esses milhões terão sido “branqueados” num esquema de falsa prestação de serviços entre a TAP e a Sonair, empresa da petrolífera angolana Sonangol. Este suposto contrato fictício não terá implicado qualquer negócio real e terá sido usado apenas para “lavagem” de dinheiro.
As quantias envolvidas terão circulado por várias contas em sociedades offshore até chegarem às contas de dirigentes angolanos da Sonangol, conforme suspeita a investigação.
O dinheiro terá sido depois usado para a aquisição de imóveis de luxo em Lisboa.