Assinado por David Pilling, o editor de África do influente jornal britânico, o artigo recolhe declarações do analista Ricardo Soares de Oliveira, do ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d"Abreu, do governador do banco central, José Lima Massano, e do jornalista e activista Rafael Marques de Morais, não dando uma resposta ao título do artigo: "Africa: can João Lourenço cure Angola of its crony capitalism? (África: pode João Lourenço curar Angola do seu capitalismo de compadrio?)".
O artigo passa em revista as principais decisões de João Lourenço, lembrando episódios como a introdução de uma nova lei para o investimento privado, o afastamento de Isabel dos Santos da Sonangol, os maus indicadores socio-económicos para um país que é a terceira maior economia africana, a discrepância de 32 mil milhões de dólares encontrada nas contas da Sonangol e as alterações nas leis que regulam a actividade petrolífera.
"Este país da África Austral tornou-se um dos mais corruptos do continente, um estado de compadrio capitalista em que a proximidade do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), liderado durante 38 anos pelo Presidente José Eduardo dos Santos, foi o maior factor de enriquecimento pessoal", escreve o editor para África do Financial Times.