O único gol da partida saiu logo aos dois minutos do primeiro tempo. Após jogada iniciada com roubada de bola no meio campo, o atacante Bounedjah chutou de fora da área. A bola desviou na zaga e encobriu o goleiro, que estava adiantado.
Com a vantagem no placar, a seleção argelina diminuiu o ritmo, e só deu Senegal em campo. Mesmo com posse de bola de 61% na primeira etapa, os senegaleses não conseguiram marcar o gol.
No intervalo, ainda em campo, jogadores das duas seleções se estranharam, causando um pequeno tumulto, mas seguiram para os vestiários sem advertências.
Já na volta para o segundo tempo, o árbitro chegou a marcar um pênalti para Senegal, mas voltou atrás após intervenção do VAR. Após cruzamento para a área, a bola bateu no braço do jogador argelino, que não teve a intenção de fazer o desvio na interpretação do juiz.
Com o resultado, os argelinos conquistaram o bicampeonato da Copa Africana. O último título foi em 1990.
Adeptos senegaleses em Luanda desolados pela derrota
Adeptos senegaleses manifestaram-se hoje, em Luanda, desolados pela derrota da selecção do seu país diante da similar argelina, por 0-1, no jogo da final da 32ª edição do Campeonato Africano das Nações (CAN2019) em futebol, disputado no Egipto.
Numa ronda efetuada pela Angop, nas principais zonas e bairros de maior concentração de cidadãos daquele país e de outros da região oeste do continente, os aficionados, que durante a partida ainda tinham esperança no triunfo, após o apito final, demonstraram alguma “frustração” e descontentamento pelo resultado negativo.
Da constatação, com realce para o bairro Mártires de Kifangondo, onde havia uma grande concentração de comerciantes, que exibiam bandeiras (vermelho, verde e amarelo) e camisolas do país, os senegaleses evidenciaram semblantes carregados e de puro desconsolo, observando-se o escorrer de algumas lágrimas.
Num breve contacto, no geral de preferência em anonimato, alguns interpelados, apesar do relativo conformismo, teceram algumas críticas a actuação do árbitro do encontro, principalmente por não sancionamento da bola mão a um jogador adversário, que possivelmente daria o empate.
Por sua vez, Alimo Diabaté, em nome dos demais compatriotas, referiu que a equipa teve um comportamento digno, embora pudesse fazer mais na luta pela procura da vitória.
Alguns cidadãos angolanos que também juntaram-se aos estrangeiros e apoiavam a equipa senegalesa contra os argelinos, no final também expressaram tristeza pelo desaire da parte escolhida.
Em Angola, com predominância para a capital do país, existe uma grande comunidade oeste africano, que se dedicam ao comércio.
Quanto ao triunfo, o único golo do desafio, disputado no estádio internacional do Cairo (Egipto), foi apontado por Bounedjah, aos dois minutos do primeiro tempo.
Os argelinos conseguem assim o segundo título no historial, depois da consagração em 1990.