As compras do petróleo angolano pelos Estados Unidos dispararam desde junho, ultrapassando os 10 por cento do total da produção de Angola, indicam dados da unidade de estatística (EIA) do Departamento de Energia norte-americano, reunidos pela Lusa.
No mês de junho, os Estados Unidos compraram a Angola o equivalente a 178.000 barris de crude por dia, registo que subiu no mês seguinte para 189.000 barris de crude, para uma produção diária angolana que ronda os 1,6 milhões de barris diários.
Em fevereiro, segundo os dados da EIA, as compras norte-americanas do petróleo angolano foram de apenas 64.000 barris de crude por dia, valor que caiu ainda mais no mês seguinte, para apenas 30.000 barris.
Nos sete meses já contabilizados em 2017 pelo Departamento de Energia, as compras do petróleo angolano pelos Estados Unidos rondaram, em média, os 110.000 barris diários, ainda assim abaixo do mesmo período de 2016, então com um registo médio de 186.000 barris diários.
A Nigéria, que concorre com a Angola como principal fornecedor africano de petróleo aos Estados Unidos, garantiu neste mesmo período, entre janeiro e julho, vendas médias equivalentes a 298.000 barris de crude por dia.
Cerca de 50% do petróleo angolano é comprado pela China, logo seguida pela Índia, que tem vindo a reforçar as compras de crude a Angola. As reservas de petróleo dos Estados Unidos registaram na primeira quinzena de setembro uma nova quebra, de 1,8 milhões de barris, ficando em 471 milhões, informou o Departamento de Energia.
A descida foi superior ao esperado, com as previsões a apontarem para uma diminuição de 700 mil barris. As reservas de petróleo mantêm-se acima da média para esta época do ano, segundo o relatório do Governo.