Zuma anunciou em um discurso televisionado que chegou "à decisão de se demitir como presidente da República com efeito imediato".
Recentemente, o presidente sul-africano foi alvo de um escândalo que envolvia tráfico de influências e desvio de recursos públicos de um grupo de empresários próximos a ele. A polícia local chegou a realizar uma busca em um dos imóveis da família, em Joanesburgo.
População pedia por saída
Com isso, a direção do ANC, o Congresso Nacional Africano, exigiu, na última terça-feira (13/2), que Zuma deixasse o poder o mais rápido possível.
A ordem para que ele renunciasse foi recebida com alívio na África do Sul. No entanto, apesar da determinação, Zuma não tinha obrigação constitucional de respeitar a decisão da Casa.
No entanto, caso ele se recusasse a acatar a ordem partidária, o ANC poderia apresentar uma moção de censura ao Parlamento para afastá-lo do poder, um texto que precisaria ser aprovado com a maioria absoluta dos 400 deputados para ter validade.
Depois de várias semanas de negociações frustradas com Zuma, que deixaram o país em uma grave crise política, a direção do ANC decidiu nessa terça-feira (13/2) exigir que ele deixe o poder o mais rápido possível.
"O Comitê Nacional Executivo (NEC, órgão de decisão do ANC) decidiu apelar a seu camarada Jacob Zuma", declarou o secretário-geral do partido, Ace Magashule, horas depois de uma reunião de várias horas que refletiu as divisões dentro do ANC.