A informação foi hoje avançada pelo presidente do Conselho de Administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), Carlos Saturnino, à margem da cerimónia de assinatura de um acordo de cooperação de 220 milhões de dólares, com a petrolífera italiana ENI.
Carlos Saturnino respondia a uma questão ligada ao relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a não atualização por Angola do preço dos combustíveis, cuja diferença estaria a ser suportado pela Sonangol.
"A Sonangol não suporta prejuízo nenhum, quem subsidia é o Governo, o Governo de Angola é que faz o esforço maior, que quando há subsídios paga os subsídios, o esforço grande que é feito é pelo Governo, que tem em consideração máxima e em atenção, tudo o que pode ser feito para melhorar a condição de vida da população em Angola e os produtos que a população necessita de ter acesso", referiu.
O responsável avançou que a atualização dos preços dos produtos refinados é realizada numa ação conjunta entre diferentes entidades, nomeadamente a parte empresarial e de gestão governativa, tomando-se em consideração muitas variáveis, sobre as componentes do preço de cada um dos produtos.
"Neste momento, podemos informar que existem faz algum tempo, embora não tenha sido noticiado, equipas de trabalho entre as entidades empresariais do grupo Sonangol e o Governo liderado pelo Ministério das Finanças, estão a trabalhar há várias semanas senão meses, porque o assunto é complexo", referiu.
Reforçou que o assunto envolve "aspetos de índole empresarial, em termos de custos", havendo ainda os de cariz macroeconómicos, "como a inflação, ambiente empresarial, custo de vida da população, nível de rendimento salariais".
"De maneira que não é algo fácil e que seja feito no dia. Mas informamos que as comissões estão a trabalhar, isso é uma preocupação que a parte governamental tem há muito tempo, a parte governamental está a trabalhar e quando for oportuno o Governo irá informar e tomar a decisão", sublinhou.
Sobre se haverá e quando aumento do preço dos combustíveis, Carlos Saturnino remeteu o assunto para o Ministério das Finanças.
"Não sei se os preços vão subir, seria muito prematuro a Sonangol fazer uma afirmação desse género", disse, acrescentando que, "isto é assunto que o Ministério das Finanças em algum tempo poderá pronunciar-se".