Ao intervir durante os trabalhos do Fórum Mundial do Turismo, cujas conferências terminaram hoje à tarde no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda Sul, Ricardo de Abreu não adiantou, porém, quais os aeroportos - entre os 17 do país - que serão concessionados a privados.
Segundo Ricardo de Abreu, é intenção do executivo atrair investidores internacionais do setor para garantir uma gestão "mais eficiente" dos aeroportos angolanos, tendo garantido a existência de "alguns interessados".
Ao mesmo tempo, prosseguiu, a ideia é também captar mais tráfego para as infraestruturas aeroportuárias do país que, no conjunto, recebem cerca de 3,6 milhões de passageiros por ano.
"Precisamos de trazer grandes operadores internacionais [para Angola]. Há grandes empresas de gestão aeroportuária internacionais que já mostraram interesse no processo", disse o ministro.
O processo de concessão de vários aeroportos de Angola começou em abril passado, depois de a Comissão Económica do Conselho de Ministros angolano ter aprovado a cisão da atual gestora aeroportuária, a Empresa de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA), em duas entidades - navegação aérea e gestão aeroportuária.
A divisão deverá estar concluída em julho próximo, sublinhou, altura em que se prevê que o Governo aprove também o novo regime de concessão aeroportuária.
Ricardo de Abreu indicou, entretanto, que a certificação internacional de Catumbela (próximo da cidade de Benguela, capital da província homónima) está em curso e deverá ficar concluído até ao final deste ano.
Por outro lado, e sobre a companhia aérea de bandeira de Angola, a TAAG, Ricardo de Abreu indicou ser intenção da empresa aumentar, em breve, de 15 para 33 o número de rotas dos diferentes destinos, como América do Norte e do Sul e para a Ásia.
Para alcançar o objetivo, o governante angolano apontou a abertura manifestada por um conjunto de operadores internacionais para atuar em Angola, em que se pretende também potenciar as ligações a nível continental, alterar o quadro de gestão aeroportuária e assegurar a proteção e segurança do transporte aéreo, entre outras medidas como sendo essenciais.
Ricardo de Abreu mostrou-se convicto de que os investimentos em infraestruturas aeroportuárias em curso no país, como é o caso do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, vão permitir que a capital angolana se transforme num "gigante internacional" no setor do transporte aéreo.
O Fórum Mundial do Turismo, que começou quinta-feira, terminou hoje as sessões de conferências, terminando sábado com a realizações de visitas guiadas aos mais de 1.500 delegados que estiveram presentes no evento.