"As melhorias que estamos a fazer são na governação do setor, iremos reformular a forma de atuação do Ministério e das empresas estatais, criando uma agência dos recursos minerais para ser regulador e concessionária, a Endiama está a ser reestruturada para deixar de ser concessionária e parte do seu capital será disperso em bolsa", disse o ministro.
Em entrevista à Lusa em Lisboa, onde participou numa conferência sobre as oportunidades no setor mineiro de Angola, Diamantino Azevedo disse que a estratégia para o setor mineiro segue de perto a adotada para o setor petrolífero, onde a Sonangol está a vender os seus ativos não estratégicos e terá uma parte minoritária do seu capital disperso em bolsa no princípio da próxima década.
"É a mesma lógica e estamos agora a trabalhar na estratégia de como isto será feito", disse, apontando que "a outra empresa estatal que cuida dos recursos minerais metálicos e preciosos deixará de existir e utilizaremos toda a experiência e ativos desta empresa estatal para o embrião da futura Agência de Recursos Naturais e estamos a capacitar ainda mais o instituto geológico para uma melhor intervenção no conhecimento geológico de Angola".
Mesmo sem ter terminado o processo de reestruturação deste setor, o ministro diz que "já há bastante interesse das multinacionais, das 'majors' e das 'juniors' em intervir" em Angola, concluindo que "há bastante espaço para as empresas atuarem nesse segmento da produção e transformação desses recursos".