Manuel Tiago Dias ressaltou que o processo de recapitalização do banco está em curso, apesar dos vários constrangimentos que enfrenta no processo de controlo interno e na garantia da fiabilidade das operações.
"O BPC tem estado a fazer um trabalho para ultrapassar os problemas mas os clientes vão continuar a sentir, durante algum tempo, problemas de âmbito operacional do BPC, admitiu à RNA.
Resultados negativos
Segundo apurou o Jornal de Angola, o banco que entrou há sensivelmente dois anos num processo de reestruturação, prevê registar ainda resultados negativos até final de 2022, avaliados em 330 mil milhões de kwanzas.
O maior banco de capitais público "caiu” nesta situação difícil devido a sua carteira de crédito malparado estimada em 1.4 biliões de kwanzas. Os activos actuais, maioritariamente em títulos do tesouro, estão avaliados em 1.14 biliões.
Do total do crédito malparado, o banco vendeu 80%, cerca de 951 mil milhões de Kwanzas, à empresa Recredit, ficando apenas sob sua responsabilidade a recuperação de 20 por cento do valor total, estimado em 560,2 mil milhões de kwanzas, avança à Angop.