Como esclarece o mesmo jornal, “em janeiro do ano passado arrancaram as negociações para a venda da posição de Isabel dos Santos – entretanto arrestada – no EuroBic. Uma operação desencadeada pelo caso Luanda Leaks. O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária e do marido – que faleceu no final de outubro passado –, que lhes teriam permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais”.
No início de março, após uma “due diligence”, o banco liderado por António Ramalho acabou mesmo por entregar uma proposta no âmbito do concurso para a venda da participação de Isabel dos Santos (42,5%) e de Fernando Teles (37,5%) na instituição financeira, sabe o Negócios.
Para o Novo Banco esta operação permite, segundo a publicação económica do grupo Cofina, reforçar a sua carteira de crédito a empresas, com a sua quota de mercado neste segmento a recuperar para níveis próximos aos que tinha antes de reduzir de forma relevante a sua dimensão, tanto pelo plano de reestruturação como pela venda de portefólios de crédito.
Também o fundo Apollo está na corrida por estas participações, tal como já tinha sido avançado pelo Jornal Económico.
Mário Centeno já frisou no Parlamento, em maio, que o Novo Banco não pode fazer aquisições até ao final do ano.