Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, o presidente da CCIA, Vicente Soares, disse que a “parceria visa a transferência de tecnologia, troca de experiências, formação de pessoal e promoção do comércio, com o intuito de promover a exportação de produtos de Angola para a China”.
O acordo vai também ajudar a atrair investidores chineses e importar produtos chineses competitivos para Angola, bem como exportar produtos angolanos como a mandioca e a banana para um dos maiores mercados consumidores do mundo, disse o responsável, citado pela Xinhua.
Situado na Zona de Livre Comércio de Hunan, na cidade chinesa de Changsha, o Parque de Demonstração de Cooperação Económica e Comercial China – África é uma plataforma “extremamente importante” para a exposição de vários produtos chineses, disse Soares.
“O mercado chinês está a abrir-se a Angola e as nossas empresas devem aproveitar este momento para explorar e identificar produtos que atraiam o consumo na China”, notou.
Os países africanos têm procurado diversificar a relação comercial com a China, que do lado africano assenta sobretudo em matérias-primas. No caso de Angola, o país é um dos principais fornecedores de petróleo para a China.
A cidade chinesa de Changsha assume um papel importante nas relações entre China e África.
Em 2019, Changsha recebeu a primeira Exposição Económica e Comercial China/África.
Organizada em conjunto pelo Ministério do Comércio chinês e o governo da província de Hunan, a exposição foi lançada no âmbito do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), visando estabelecer um "novo mecanismo" de cooperação comercial e económica entre a China e os países africanos.
O país asiático tornou-se, em 2009, o maior parceiro comercial de África. Pelas estatísticas chinesas, em 2018, o comércio China-África somou 208 mil milhões de dólares (172 mil milhões de euros), um crescimento homólogo de 2,2%.